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É compreensível a curiosidade em torno do futuro do Crystal Palace e do que isso significa para o Botafogo, afinal, John Textor é dono de ambos os clubes. Mas, a forma como a notícia foi tratada por alguns veículos de comunicação levanta sérias questões sobre a seriedade e o profissionalismo do jornalismo no país.
Em entrevista ao “The Athletic”, Textor foi claro ao dizer que busca um clube inglês com potencial para conquistar títulos, e que a estratégia para o Crystal Palace, que exige “assumir riscos”, pode não ser a ideal. No entanto, o “GE” ignorou o contexto da declaração, retirando a palavra “inglês” e publicando um título que dá a entender que o empresário deseja vender o clube para buscar um time vencedor, sem especificar o local.
A ESPN, por sua vez, cometeu um erro ainda mais grave. Usando uma imagem de Textor com o escudo do Botafogo ao fundo, a emissora publicou a manchete “Textor decide vender clube e explica o motivo: ‘Quero um clube que vença campeonatos'”, criando a falsa impressão de que o Glorioso estaria à venda.
A distorção da verdade e a manipulação da informação para gerar cliques e engajamento nas redes sociais são práticas que prejudicam o debate público e alimentam o ódio e a desinformação. Cabe aos profissionais da comunicação, e principalmente aos torcedores, manterem o senso crítico e a busca por informações confiáveis e completas.