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O vice-presidente da 4ª Comissão Disciplinar do STJD, Caio Carvalho Barros, não poupou críticas à Abrafut (Associação Brasileira dos Árbitros do Futebol) durante o julgamento do volante Marlon Freitas, do Botafogo, realizado nesta quinta-feira (29).
O jogador foi denunciado pela procuradoria do STJD com base em uma notícia de infração da Abrafut, que acusou Marlon de atingir a honra do árbitro após dizer que o Botafogo “teria que lutar contra o sistema” em uma entrevista no intervalo do jogo contra o Cuiabá.
No entanto, Barros questionou a atitude da associação: “Eu acho engraçada essa situação de o árbitro se dizer ofendido. Se alguém me ofende, vou procurar uma solução. Mas eles fazem a denúncia, dizem que são ofendidos e nem sequer enviam um advogado para apresentar as razões”.
“Acho isso uma ofensa contra o tribunal, que se dispôs a julgar um processo desses sem ter a presença deles”, acrescentou Barros.
O auditor Gabriel Fonseca endossou o posicionamento de Barros, que classificou a conduta de Marlon não como uma ofensa à honra (artigo 243-F § 1º do CBJD), mas como uma conduta antiética (artigo 258).
Dessa forma, Marlon Freitas recebeu apenas uma advertência por unanimidade e está liberado para atuar pelo Botafogo.