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Sem citar provas, o administrador da SAF do Botafogo, John Textor, reiterou suas alegações sobre um esquema de manipulação de resultados durante o Campeonato Brasileiro de 2023, envolvendo clubes como Palmeiras, Fortaleza e São Paulo. Renata Mansur, advogada especialista em direito desportivo, esclareceu que o Botafogo não enfrentará penalidades esportivas devido à falta de provas apresentadas por Textor. No entanto, ele pode ser multado em até R$ 100 mil e suspenso por 90 a 360 dias de acordo com o artigo 223 do CBJD, caso não cumpra as determinações da Justiça Desportiva.
Textor é acusado de infração ao artigo 223 do Código Brasileiro, por não cumprir ou retardar uma resolução da Justiça Desportiva, após afirmar a manipulação de resultados sem apresentar evidências. Além disso, se continuar a exercer suas funções enquanto estiver afastado do Botafogo, pode receber uma suspensão adicional de 90 a 180 dias conforme o artigo 228.
Mansur destaca que Textor pode não estar familiarizado com as peculiaridades da Justiça Desportiva brasileira, sendo esta a única instituição especializada em questões esportivas no mundo. Em relação aos possíveis processos movidos por Fortaleza, Palmeiras e São Paulo, Textor poderá enfrentar responsabilização criminal, independentemente da Justiça Desportiva.
Quanto às punições no meio esportivo, Mansur observa que as penalidades da SAF têm menos impacto nas operações dos clubes em comparação aos presidentes tradicionais, devido à natureza diferente de suas funções. No entanto, se Textor persistir na mesma conduta e for reincidente em futuros processos semelhantes, corre o risco de ser banido do futebol brasileiro, o que o impediria de administrar não apenas o Botafogo, mas também qualquer outro clube do país.
Fonte: O DIA