Foto: Reprodução
O comentarista Walter Casagrande Jr. não poupou críticas ao técnico Fernando Diniz, do Fluminense, após as reclamações do treinador sobre o gramado sintético do Estádio Nilton Santos, palco da derrota para o Botafogo por 1 a 0 na última terça-feira. Em entrevista ao programa “UOL News Esporte”, Casão, como é conhecido, se disse cansado do discurso de treinadores que atribuem as derrotas à condição do campo.
“Todo time reclama do gramado sintético quando perde. Quando vai no gramado sintético e ganha, a entrevista é outra. Não levo a sério qualquer reclamação de treinador e dirigente de qualquer clube quando reclama do gramado sintético perdendo. O São Paulo fazia a mesma coisa sobre o Allianz Parque. Só falam quando perdem, todos os clubes. Acho que nem deveria mais entrar em debate, são justificativas para uma derrota e para uma péssima partida”, disparou o ex-jogador.
A jornalista Alicia Klein, também presente no programa, concordou com Casagrande, classificando a comparação de Diniz entre jogar no gramado sintético e na altitude como “estapafúrdia”.
“O problema do Fluminense não é a qualidade dos gramados brasileiros, até porque temos que falar dos gramados sintéticos, dos gramados esburacados, o gramado do Maracanã em boa parte do ano foi um desastre… Então o problema é jogar em gramado bom? O gramado do Nilton Santos é diferente, a bola corre diferente, tudo bem, mas é um excelente gramado para o padrão brasileiro. Vários times já ganharam do Botafogo no Nilton Santos, do Palmeiras no Allianz Parque e do Athletico-PR na Ligga Arena”, argumentou Alicia.
Casagrande, por sua vez, elogiou o trabalho do técnico Artur Jorge no Botafogo, destacando a variedade de jogadas ensaiadas apresentada no clássico.
“O Artur Jorge engoliu taticamente o Diniz, como quase todos os treinadores que estão jogando contra o Diniz, que é um técnico de um esquema só. Você viu o número de jogadas ensaiadas do Artur Jorge? Foi um show de jogadas ensaiadas de bola parada. O Botafogo amassou o Fluminense, que poderia ter tomado quatro, cinco, seis gols. O Júnior Santos chegou na frente do Fábio umas quatro vezes, jogou para cacete, só errou na finalização, sendo que é o artilheiro do time”, analisou Casão.