Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Wilson Seneme, chefe da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), compartilhou suas análises sobre o desempenho dos árbitros nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. Ele destacou que não há interferência externa nas decisões apoiadas pelo VAR, o árbitro de vídeo.
“Durante o jogo, ninguém pode se comunicar com os árbitros. Convidamos uma comissão composta por membros das séries A, B, C e D para observar a cabine do VAR e entender o trabalho realizado. É uma oportunidade para que compreendam o processo. Posso garantir que, atualmente, não há comunicação via WhatsApp”, explicou Seneme em uma entrevista à ESPN. Ele também abordou as críticas direcionadas aos árbitros, reconhecendo que, até a quinta rodada, “três ou quatro” jogos apresentaram decisões questionáveis. No entanto, ele avaliou o desempenho geral como satisfatório.
Seneme observou que as partidas problemáticas envolveram “árbitros mais experientes” e preferiu não discutir o afastamento dos juízes, destacando que o esporte está sujeito a “erros esporádicos”, incluindo os dos árbitros, que ele considera como erros esportivos. Além disso, expressou preocupação com a sugestão de que a arbitragem poderia estar agindo com viés ou premeditação em suas decisões, ressaltando o impacto negativo que isso poderia ter no futebol brasileiro.
“Nosso objetivo é eliminar essa percepção negativa para evitar danos ao futebol brasileiro. Até o momento, o Ministério Público de Goiás não encontrou evidências contra nenhum árbitro. Devemos ter cuidado com as declarações que fazemos”, acrescentou.
Seneme também será ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a manipulação de jogos e apostas esportivas no futebol brasileiro. Ele afirmou que se limitará a discutir questões relacionadas à arbitragem brasileira durante seu depoimento, programado para o dia 16 de maio, presidido pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO).