Finalmente a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, compareceu à CPI da manipulação de resultados no futebol para depor, após diversos convites dos senadores.
Leila, já de início, demonstrou muito desconforto, especialmente pela abertura infeliz do presidente da comissão, senador Jorge Kajuru, dizendo que mulheres não sabem o que é uma bola de futebol. A verdade é que, mesmo antes da fala do senador Carlos Portinho, claramente de confronto às posições da mandatária alviverde, Leila vinha gaguejando, tropeçando nas frases e até se contradizendo com relação às opiniões sobre VAR, arbitragem e manipulação.
Após os questionamentos do senador Portinho, Leila mostrou total despreparo e até mesmo ignorância de fatores importantes na investigação, e, de certa forma, parecia programada para dar apenas uma resposta a todo tipo de pergunta: “Textor tem que ser banido!“. Leila Pereira se agarrou irracionalmente a uma ideia fixa de que Textor precisa ser banido, penalizado, punido exemplarmente (tese desbancada pelo senador Carlos Portinho de forma magistral), como se fosse uma ameaça a tudo o que lhe favorece e ao clube dirigido por ela.
A criação da Liga, ponto bastante explorado por Portinho, sequer foi mencionado pela depoente, como se isso a incomodasse, já que tem cadeira cativa na CBF.
Enfim, afora o espetáculo circense composto por palhaços de tudo que é tipo (à exceção do senador Portinho, que mais parecia cometer um crime levando a CPI a sério), a audiência revelou uma convidada determinada a eliminar o mensageiro do caos, antes que a bomba exploda. Como diz a sabedoria popular, há muito caroço nesse angu. Se o angu tem carne de porco ou não, só o tempo (ou o Ministério Público) dirá.