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O empresário William Rogatto, que confessou à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas ter envolvimento em esquemas de manipulação no futebol em todos os estados brasileiros e também no exterior, fez novas acusações em entrevista ao vivo nesta quinta-feira (17/10) no “Fala Rio Podcast”, direcionadas ao presidente da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme.
Rogatto afirmou que Seneme é uma peça-chave em um suposto esquema de manipulação de resultados no futebol brasileiro. O empresário, que disse ter deixado Portugal recentemente após ser procurado por autoridades locais, voltou a alegar que o Palmeiras foi beneficiado, prejudicando o Botafogo na reta final do Campeonato Brasileiro de 2023.
– O Wilson [Seneme] é crucial porque ele direciona os árbitros das partidas. Quando se quer favorecer um clube, é só falar com ele, e ele escolhe o árbitro que já está no esquema, e esse árbitro prejudica o jogo. As pessoas acham que é brincadeira, mas um árbitro pode mudar completamente o resultado de uma partida. Ninguém está dizendo que o Palmeiras não tinha time para ser campeão, mas se você tem um árbitro e alguns jogadores envolvidos, isso desestabiliza totalmente o resultado – afirmou Rogatto.
Ele continuou dizendo que árbitros da primeira divisão, com salários baixos, são os alvos mais fáceis de manipulação, mais até que jogadores. Segundo ele, árbitros que apitaram jogos do Palmeiras estariam envolvidos no esquema, mas os nomes só seriam entregues à CPI.
Rogatto também fez acusações contra Leila Pereira, presidente do Palmeiras, alegando que ela atuou para manipular a arbitragem e “comprou o silêncio” de algumas pessoas. Ele reafirmou o que já havia dito na CPI, insinuando que Leila usou sua influência para beneficiar o clube e que isso seria evidente ao analisar os últimos jogos do Botafogo no Brasileirão de 2023, onde, segundo ele, a arbitragem teve papel decisivo.
– Para quem quiser ver, basta assistir às últimas 10 rodadas do Botafogo. A participação dos árbitros é nítida. Eu mantenho essas acusações com base no que sei e nas pessoas que estavam envolvidas, as mesmas que já haviam se envolvido comigo antes – concluiu Rogatto.