Pra quem acha que o Glorioso Botafogo já não foi algoz do Palmeiras, não entende absolutamente nada de futebol. Afinal, as duas equipes já foram protagonistas por muito tempo no cenário nacional, colecionando conquistas e conquistando uma legião de fãs. Enquanto o Palmeiras papou uma série de torneios nacionais, o Botafogo alternou entre conquistas internacionais (como a Pequena Copa do Mundo e o Torneio de Paris) e nacionais (tais quais a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa). E foi neste último que o Glorioso venceu pela primeira vez o Palmeiras em uma final nacional: 3×1 na finalíssima do Robertão (apelidado de Rio-São Paulo), com show de Quarentinha e Garrincha, para um público de quase cem mil pessoas no Maracanã.
Onze anos depois, o Botafogo iria vingar a perda do título do Brasileirão de 1972 para o rival: em jogo decisivo pela Libertadores da América, o Fogão bateu o Palmeiras por 2×1 com gol de Jairzinho aos 40 minutos do segundo tempo. O jogo tinha caráter eliminatório, visto que Botafogo e Palmeiras ficaram empatados na liderança de seu grupo. Assim, a partida extra classificaria uma das equipes à semifinal do torneio continental. Vale lembrar que o Alvinegro já havia vencido na fase de grupos o mesmo Palmeiras por 2×0.
Após ser eliminado pelo Verdão na Copa do Brasil de 1998, foi a vez da revanche alvinegra em 1999. Botafogo e Palmeiras empataram os dois jogos em 1×1 e a decisão da vaga à final da copa foi para as penalidades máximas. Ali brilhou a estrela do goleiro Wagner, que pegou um pênalti e viu a cobrança de Arce explodir na trave: no final, 4×2 para o Glorioso de Bebeto, Sérgio Manoel e Wágner diante de um Palmeiras recheado de bons jogadores, como Paulo Nunes, Oséias, Zinho, Marcos, entre outros.
No século XXI será a segunda vez que os adversários estarão frente a frente em um torneio continental: em 2012 deu Palmeiras, pela Sul-Americana, mesmo o Botafogo contando com Seedorf, Lodeiro e companhia. Agora será a hora de o Glorioso mostrar sua força e inaugurar o retorno aos tempos em que éramos temidos por qualquer adversário, em qualquer lugar.