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O futebol brasileiro foi abalado com o depoimento de William Rogatto no Senado, que revelou ter atuado para rebaixar times e ter faturado quase R$ 300 milhões com manipulação de jogos por meio de apostas.
Diante disso, Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, afirmou que o esporte nacional enfrenta seu “maior escândalo da história”.
“Supera a máfia da loteria esportiva, a Máfia do Apito. É um negócio impressionante”, disse Kajuru em seu programa na rádio “BandNews Goiânia”.
O parlamentar destacou que Rogatto forneceu detalhes sobre jogos e nomes envolvidos, incluindo figuras importantes do futebol.
“Ele falou de times grandes, como Palmeiras e São Paulo. Disse ter provas de manipulação no jogo Palmeiras 5×0 São Paulo. Ele não coloca a mão no fogo pela presidente do Palmeiras [Leila Pereira] nem pelo presidente do São Paulo [Julio Casares], mas põe a mão no fogo pelo John Textor, do Botafogo”, afirmou Kajuru.
O presidente da CPI também revelou que Rogatto entregará provas documentais e gravações durante uma reunião em Portugal na próxima segunda-feira, acompanhada por Romário (PL-RJ), relator da CPI.
“Ele tem medo de ser assassinado, então não vai entregar os nomes dos grandões. Mas vai contar coisas importantes para nossa CPI”, disse Kajuru.
O Governo Federal já solicitou à Polícia Federal que investigue as declarações de Rogatto, que também citou o jogador Lucas Paquetá e sua família como supostamente envolvidos na manipulação.
“Ele tem que nos provar. Do contrário, fica apenas em indícios e não provas”, afirmou Kajuru. “Vamos trabalhar duro para apresentar um relatório final e convocar os envolvidos.”