O procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Ronaldo Piacente, explicou em entrevista ao “UOL” nesta sexta-feira (3/8) os procedimentos após a denúncia de John Textor sobre corrupção na arbitragem brasileira. Textor, proprietário da SAF do Botafogo, foi intimado pelo STJD a apresentar as provas que alega possuir em um prazo de três dias corridos.
Piacente afirmou que após tomar conhecimento da denúncia, foi solicitado imediatamente um inquérito para investigar uma possível infração disciplinar. O Textor será chamado para apresentar o áudio normativo e prestar esclarecimentos. Caso haja evidências, o tribunal oferecerá uma denúncia contra a alegada manipulação de resultados.
No entanto, se o Textor não fornecer as provas ou se estiver fabricando informações, ele será responsabilizado por falsa comunicação de crime. Piacente destacou que esse procedimento não está relacionado ao pedido anterior do Botafogo para revisão dos relatórios do “Good Game!” sobre supostas manipulações por erros de arbitragem, chamando o dossiê de “absurdo”.
O procurador-geral ressaltou que o Textor deveria ter formalizado uma notícia de infração ao STJD para que sua denúncia fosse apurada corretamente. Ele afirmou que não pode fornecer mais detalhes sobre o caso por estar envolvido no inquérito e que ouvirá o Textor durante o processo.