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O presidente do São Paulo, Julio Casares, negou que a discussão sobre fair play financeiro na Comissão Nacional de Clubes esteja ligada à boa fase do Botafogo. Ele afirmou que a questão já havia sido levantada e não tem relação com o desempenho do clube carioca.
“Não se pode fazer relação com a liderança competente dentro de campo do Botafogo. Não há nenhum chororô nesse sentido”, declarou Casares em entrevista ao UOL.
Entretanto, o dirigente paulista se mostrou incomodado com holdings como a Eagle Football, de John Textor, e questionou o valor da venda de Lucas Perri do Botafogo para o Lyon em 2023.
“Suscita dúvida, não temos condição de fiscalizar. Confiamos no bom senso dos dirigentes e das equipes. Mas precisamos de apuração, que pode ser da Fifa e de órgãos superiores em cada transação”, disse Casares.
O presidente do São Paulo também criticou as “cirandas de jogadores” entre clubes do mesmo grupo financeiro e pediu vigilância das autoridades do futebol.
São Paulo com dívidas e não pensa em SAF
Apesar de questionar o Botafogo, Casares admitiu que o São Paulo tem R$ 700 milhões em dívidas. Ele afirmou estar trabalhando para reduzir o passivo e descartou a possibilidade de se tornar Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
“A SAF é a solução para comprar times quebrados, porque paga pouco e depois entra um grupo que pode ser aventureiro ou não, pode ser sério ou não, e arrebenta o clube mais ainda”, disse.
Casares afirmou que o São Paulo está fazendo um trabalho responsável e mirando o futuro, mas que descarta a SAF até que o clube esteja reorganizado e valorizado.