Amanhã , no dia 2 de fevereiro, o Botafogo disputa a primeira Supercopa do Brasil de sua história no Mangueirão, em Belém, contra o Flamengo. Depois de um 2024 histórico, não teria maneira de começar melhor a temporada 2025 do que vencendo seu maior rival e conquistando um título nacional inédito.
Mas afinal, quanto vale essa taça de jogo único criada em 2020? A importância do jogo tem gerado grande debate entre os alvinegros há algumas semanas, principalmente depois da entrevista em que John Textor afirmou que a temporada começa para valer apenas em abril.
Bom, para os mais céticos, basta uma viagem rápida no tempo para perceber que esse título não define o rumo de uma temporada. O Atlético Mineiro, campeão em 2022, não conquistou mais nenhum título. Assim como o São Paulo, em 2024. Já o Palmeiras, campeão de 23, acabou levando o brasileiro.
Ao mesmo tempo, é mais uma oportunidade de taça para uma torcida que passou tanto tempo sem ter o privilégio de vestir o Manequinho. Quem já passou fome jamais vai recusar comida. Ainda mais se for bem temperada com aquele sabor especial de ganhar do Flamengo.
Mas, o pensamento do clube, nesse momento, é priorizar que essa não seja a única vez que o Botafogo vai disputar esse título. E, para isso, a diretoria está sendo criteriosa no mercado tanto por jogadores, quanto pelo seu treinador, sem apressar os processos por conta dessa final.
A ideia é de que a gente deve estar de novo na final do ano que vem, e para isso precisamos do título brasileiro, ou da Copa do Brasil, ou quem sabe dos dois. E apressar a montagem do elenco e a escolha do comandante pode atrapalhar isso.
Se o Botafogo se sagrar campeão, significa muito. Mais um título nacional de um elenco que aumentará seu nível de idolatria. Mas não significa que a temporada será um sucesso, não significa que nós estaremos no palco da final do ano que vem.
Se o Botafogo perder, e já estou batendo na madeira, não quer dizer que 2025 será um fracasso, e também não significa que nós não estaremos no palco da final de 2026.
Fato é que a torcida alvinegra ainda está se acostumando com essas grandes finais, e a ansiedade está no pacote. Todo o contexto de jogo único, título inédito e contra um rival de cidade deixa a adrenalina ainda mais alta.
E, sinceramente, que delícia. Como é bom sentir esse frio na barriga antes de uma decisão, e por quanto tempo nós estivemos afastados desse sentimento. Eu acredito e espero que quem nos devolveu essa possibilidade saiba o que está fazendo, porque eu estou cada vez mais acostumado.